Já não é segredo para nenhum empreendedor que as empresas que são fundadas por meio de um plano de negócios, também chamado Business Plan, tendem a ser mais sólidas e, segundo dados do próprio SEBRAE, resistir em um mercado no qual mais de 70% das empresas abertas fecham nos seus primeiros doze meses de atuação.
Em sentido mais amplo, o Plano de Negócios não se limita apenas às empresas que queiram atuar na esfera digital, mas a todos os formatos corporativos. Trata-se de um estudo que estipula o caminho a ser seguido em termos de planejamento e estratégia.
Adiante entenderemos um pouco mais sobre isso, com exemplos práticos voltados não apenas para o e-commerce, como também para a área industrial, que é bastante abrangente, de tal modo que as dicas servem para todos os demais setores do mercado.
Quais os pontos envolvidos no Plano de Negócios?
Embora sirva para todos os tipos de empresas, de todos os tamanhos e segmentos, o Business Plan pode chegar a mudar radicalmente, dependendo do perfil geral do negócio: pode ser uma startup, uma empresa pequena, uma rede de fábricas, etc.
No caso da área de empresas de fundição em sp, por exemplo, certamente o projeto já “começará grande”, como costumam dizer. Ou seja, essa indústria terá um quadro de funcionários mais completo, folha de pagamento, infraestrutura elevada, e daí por diante.
Porém, na mesma área pode haver uma pequena oficina que presta, de modo muito mais modesto, serviços de usinagem.
Ou ainda, um exemplo mais ilustrativo: o de uma empresa de calibração de instrumentos, cujo setor comporta desde grandes empresas até oficina menores, ambas fazendo o mesmo trabalho, apenas com estruturas diferentes.
Em todos os casos, o Plano de Negócios é indispensável. E como nosso foco aqui é o e-commerce, será preciso ter alguns conhecimentos na área, ou contar com o suporte de um especialista, a fim de equalizar as expectativas com a realidade da esfera digital.
A essa altura, os pontos centrais a serem levantados são:
- Previsibilidade quanto a possíveis riscos;
- Soluções prévias (algo como plano B e C);
- Traçar planos de estratégia financeira;
- Contar com investidores ou sócios;
- Criar Missão, Visão e Valores desde o começo;
- Definir bem o público-alvo;
- Desenhar um plano de marketing digital, etc.
As maiores especificidades de um e-commerce
A essência de todos os pontos indicados acima é bem simples, e conhecida de todo empreendedor, seja ele novato ou mais experimentado na área: trata-se do estudo de mercado, do levantamento de indicadores de sucesso, e daí por diante.
O plano de marketing digital a que nos referimos acima inclui alguns pontos bem práticos e específicos, embora ele não possa “ficar de pé sozinho”, isto é, sem o respaldo e a base dos dados listados antes dele.
Também assim, as áreas mais técnicas do mercado não estão imunes a esse tipo de cuidado. A principal razão disso é que hoje a internet faz parte do dia a dia de todo mundo.
Ou seja, mesmo as empresas de montagem e manutenção industrial, por exemplo, que lidam com um nicho bem restrito, precisam pensar na apresentação do seu e-commerce.
Os pontos principais aqui são os seguintes:
- A plataforma: site próprio, marketplaces, etc.
- A funcionalidade: acessibilidade, dispositivos móveis e afins;
- Tipos de frete e modalidades de pagamento;
- O layout: identidade visual, logomarca, cores, letras, etc.
- A segurança do cliente: selos e certificados;
- Divulgação: criar blogs, vlogs, link patrocinado, SEO e afins;
- Budget: orçamento de produção, hospedagem, manutenção, etc.
Como atingir confiança e transmitir confiança?
Ao analisarmos os pontos indicados acima, algo salta aos olhos: abrir uma loja virtual pode ser algo tão exigente quanto abrir uma loja física!
Sim, é preciso compreender e idealizar todas as etapas do negócio, antes de começar a tirá-lo do papel. Este é, definitivamente, o papel central do Business Plan. Sem as projeções dele não é possível obter a segurança indispensável a qualquer negócio.
O Plano de Negócios é como um mapa. Um exemplo que tem bastante sinergia com os outros citados acima é o de montagem de componentes. Trata-se daquelas indústrias que lidam com esteiras de montagem de placas eletrônicas, cujo método depende de uma quantidade considerável de peças, componentes e metodologias.
É evidente que uma fábrica dessas contou com profissionais de todas as áreas para dar suporte na sua fase de planejamento. Mas imagine se você quiser, por exemplo, vender peças e partes para a manufatura de uma indústria assim: qual não será a seriedade que você terá de transmitir, não é verdade?
Conseguir um contrato desses no começo pode ser uma oportunidade única, mas certamente você terá de transmitir aquela confiança que somente quem sabe o que está fazendo pode ter. Nisto, como dito, o Plano de Negócios é insubstituível.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.